Hoje descobri este poema dedicado a Freixinho, uma aldeia que, por razões óbvias, terei de visitar com a maior brevidade possível... ter uma aldeia homónima é um privilégio!...
Freixinho é uma aldeia do concelho de Sernancelhe, na margem direita da albufeira do Távora e onde se localiza o Convento de Nossa Senhora do Carmo.
Poema a Freixinho
Freixinho, antes da barragem,
Não havia outro povo igual.
Tratavam os animais com brio,
Com pastagens do Rio.
Criadas no lindo amieiral
Agora um pouco diferente
O melhor desapareceu,
Lindas terras a beira-rio
Mas a coragem e o brio
Nos habitantes não morreu.
Empurrados para o monte
Pelas águas que lhes tocaram
Com coragem o povo todo,
No sopé do monte gordo
Um novo povo formaram.
Com melhor produção
Do que era atrasada
Batatas, azeite e vinho
Caça, pesca, madeira de pinho
Fruta boa e variada
Desprovidos de indústria
E a lavoura degradada,
Freixinho é mesmo assim:
O povo parece jardim
E ali não falta nada
Graças à iniciativa
Desta gente muito amável
Que o povo tem como herança
Gente com muita esperança
E uma fé inabalável.
A linda juventude de agora
Que nada tem na lembrança,
Ainda tem contemplação
Pela juventude de então
Que ajudaram na mudança
Trabalharam por amor
A terra que os viu nascer
Entre o presente e o passado
Deixaram seu nome gravado
Para nunca mais esquecer.
Seu padroeiro S. Miguel
Também quis ajudar:
Orientou a população
Na linda organização
Sem sair do seu altar
Freixinho, berço dourado,
Que embalou gente de bem,
Embalou professoras,
Senhoras muito senhoras
e doutores também.
O convento N.S. do Carmo,
De freiras que já morreram,
que lindos doces inventaram
Cujas receitas deixaram
Às senhoras que aprenderam.
Uma ainda hoje se usa,
Não seria das mais fracas,
Um doce muito procurado,
Por gente de todo lado
Que tem o nome de cavacas
As cavacas do Freixinho,
Com muitos belos sabores,
Eram muito apreciadas
Por gente civilizada
E pelos próprios Doutores.
Que em dia de Páscoa,
Entravam em todo lado
E a partir desses dias
Estavam nas romarias
Casamentos de baptizados.
Às vezes eram encomendadas
Para os anos de um velhinho,
Por serem bem preparadas
Eram muito apreciadas
As cavacas de Freixinho.
Autoria:
António Faustino, poeta popular
(natural de Arnas - Sernancelhe)
Visita obrigatória:
Fotos de Freixinho (aldeia) 1
Fotos de Freixinho (aldeia) 2
Fonte: Escola de Freixinho
Amplexos e ósculos!
Freixinho é uma aldeia do concelho de Sernancelhe, na margem direita da albufeira do Távora e onde se localiza o Convento de Nossa Senhora do Carmo.
Poema a Freixinho
Freixinho, antes da barragem,
Não havia outro povo igual.
Tratavam os animais com brio,
Com pastagens do Rio.
Criadas no lindo amieiral
Agora um pouco diferente
O melhor desapareceu,
Lindas terras a beira-rio
Mas a coragem e o brio
Nos habitantes não morreu.
Empurrados para o monte
Pelas águas que lhes tocaram
Com coragem o povo todo,
No sopé do monte gordo
Um novo povo formaram.
Com melhor produção
Do que era atrasada
Batatas, azeite e vinho
Caça, pesca, madeira de pinho
Fruta boa e variada
Desprovidos de indústria
E a lavoura degradada,
Freixinho é mesmo assim:
O povo parece jardim
E ali não falta nada
Graças à iniciativa
Desta gente muito amável
Que o povo tem como herança
Gente com muita esperança
E uma fé inabalável.
A linda juventude de agora
Que nada tem na lembrança,
Ainda tem contemplação
Pela juventude de então
Que ajudaram na mudança
Trabalharam por amor
A terra que os viu nascer
Entre o presente e o passado
Deixaram seu nome gravado
Para nunca mais esquecer.
Seu padroeiro S. Miguel
Também quis ajudar:
Orientou a população
Na linda organização
Sem sair do seu altar
Freixinho, berço dourado,
Que embalou gente de bem,
Embalou professoras,
Senhoras muito senhoras
e doutores também.
O convento N.S. do Carmo,
De freiras que já morreram,
que lindos doces inventaram
Cujas receitas deixaram
Às senhoras que aprenderam.
Uma ainda hoje se usa,
Não seria das mais fracas,
Um doce muito procurado,
Por gente de todo lado
Que tem o nome de cavacas
As cavacas do Freixinho,
Com muitos belos sabores,
Eram muito apreciadas
Por gente civilizada
E pelos próprios Doutores.
Que em dia de Páscoa,
Entravam em todo lado
E a partir desses dias
Estavam nas romarias
Casamentos de baptizados.
Às vezes eram encomendadas
Para os anos de um velhinho,
Por serem bem preparadas
Eram muito apreciadas
As cavacas de Freixinho.
Autoria:
António Faustino, poeta popular
(natural de Arnas - Sernancelhe)
Visita obrigatória:
Fotos de Freixinho (aldeia) 1
Fotos de Freixinho (aldeia) 2
Fonte: Escola de Freixinho
Amplexos e ósculos!